domingo, 24 de janeiro de 2016

Você entende esse versículo? (Mt 3.11): 'Batismo com Fogo'

Você entende esse versículo? (Mt 3.11): 'Batismo com Fogo'

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Aluna cotista da UFMG dá a melhor resposta a comentário raivoso


Estudante negra aprovada na UFMG rebate críticas às cotas: "Vou ser aluna excelente". Universitária lembra ainda que, na escola, professora dizia que ela seria "empregada doméstica". Postado no Facebook, comentário preconceituoso foi feito por candidata que tentou uma vaga na universidade, mas não conseguiu

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Aluna cotista da UFMG, Lorena Cristina de Oliveira conta um pouco de sua história de vida para rebater comentário preconceituoso contra as cotas (Imagem: Phelippe Messias/Facebook)

Quando a estudante Bruna Terroni usou uma mensagem pública no Facebook para mostrar indignação com o sistema de cotas – diante da não aprovação para uma vaga no curso de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) –, talvez não esperasse a resposta convicta de uma outra candidata – essa, aprovada justamente por meio da reserva de vagas.
“Sou uma preta lacradora, inteligente e cotista que entrou em Letras no seu lugar. Pode ter certeza que vou fazer jus à minha 15ª colocação neste curso. Vou ser uma aluna excelente e uma ótima profissional”, respondeu, inicialmente, Lorena Cristina de Oliveira Barbosa, de 20 anos. A explosão preconceituosa, a partir daí, virou polêmica e tomou corpo.
Sem sucesso na disputa de um dos 130 assentos da graduação disponíveis para a ampla concorrência, Bruna atribuiu seu resultado à medida de ação afirmativa adotada pela instituição, que, em obediência à Lei nº 12.711/12, guarda 50% de suas matrículas a estudantes de escolas públicas. Deste montante, um percentual é destinado ainda a candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas e/ou de baixa renda.
“Para o curso de Letras na UFMG há 260 vagas. Fiquei na posição 239. Mas não vou entrar por quê? Por causa dessa m* de cota”, comentou a jovem.
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Décima quinta colocada na seleção, além de responder a concorrente em seu perfil, Lorena continuou o desabafo em outro post sobre o assunto.
Bruna, por sua vez, não se manifestou sobre o caso e apagou a publicação raivosa contra os cotistas. Em outras postagens públicas de seu perfil, constavam diversas manifestações de pessoas indignadas. Algumas corroboram a revolta da concorrente não aprovada. A maioria, contudo, apoiava Lorena, que comemora a vitória: “Fiquei muito feliz. Uma chama de esperança começou a nascer em mim”, diz a belo-horizontina.

Trajetória árdua

Aprovada com 920 pontos na redação, Lorena estava pessimista quanto a seu desempenho nos exames. Eu não esperava a aprovação do Enem; estava me sentindo perdida”, conta a universitária. Postura compreensível para quem escuta as histórias de hostilidade que o ambiente escolar tantas vezes impôs à moça.“Na escola, uma professora de matemática gritou na minha turma que eu seria empregada doméstica para limpar o chão das filhas dela”, conta.
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Após a conclusão do Ensino Médio, chegou a ingressar como bolsista numa escola particular de jornalismo, onde permaneceu por um ano e meio. Desistiu da instituição e do ofício – segundo ela, por não suportar o ambiente racista tanto da academia, quanto do mercado de trabalho.
Meus professores viviam me mandando mensagens com convites para sair. Nos estágios, já fui demitida sob justificativa de ser negra demais para a comunicação. Me disseram isso abertamente. O meu ex-chefe dizia que se eu quisesse ter sucesso, era só usar a minha sexualidade negra para transar com todos os empresários”, diz.
Após quatro meses de cursinho – frequentado após jornada diária de 8 horas de trabalho como educadora em projeto social para ajudar a família como pagamento das mensalidades – tornou-se, oficialmente, aluna da Faculdade de Letras da UFMG: “Trabalhava o dia inteiro e ia direto para o cursinho. Voltava para casa beirando meia-noite e meia. Mas eu sempre fui muito boa com redação e uma amiga se dispôs a me ajudar aos finais de semana. E assim eu fazia. Assistia aulas on-line, estudava de madrugada”.

É com consternação que a graduanda recebe o post da concorrente Bruna, bem como a agressividade daqueles que acreditam que as cotas são privilégios : “Eu vim de uma família negra que sempre seguiu a mesma história de serviçais. Eu nunca tive nada, sabe? Ralei muito para entrar na UFMG. A minha escola não tinha nem estrutura para comportar alunos. Por isso não acho justo uma pessoa que sempre teve tudo apontar isso como privilégio. A cota é o mínimo que o governo me deve por ter me feito passar por tudo isso só por ser preta e pobre. Aquela faculdade é minha também e eu tenho o direito de estar nela”, afirma.

  Texto original em http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/01/aluna-cotista-da-ufmg-da-a-melhor-resposta-a-comentario-raivoso.html

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A Barragem da Samarco e Direitos fundamentais de terceira geração


Os direitos fundamentais de terceira geração, ligados ao valor fraternidade ou solidariedade, são os relacionados ao desenvolvimento ou progresso, ao meio ambiente, à autodeterminação dos povos, bem como ao direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e ao direito de comunicação. São direitos transindividuais, em rol exemplificativo, destinados à proteção do gênero humano.
Nesta carta observa-se que a proteção ambiental ( principio da prevenção ou precaução como preferem os operadores do direito) a proteção do gênero humano é colocada em segundo plano, isto é, logo após o desenvolvimento e ao progresso.



quarta-feira, 8 de julho de 2015

Casa com menos de 15 metros quadrados

Universitário constrói casa com menos de 15 metros quadrados para evitar dívidas durante a faculdade.





Diferente do que acontece aqui no Brasil, mudar-se de cidade ou estado para fazer faculdade é praticamente uma regra entre os norte-americanos. Contudo, somado ao custo dos estudos estão as despesas pessoais e o custo de moradia. Para os estudantes da Universidade de Austin, no Texas, morar perto do campus significa ter um gasto mensal médio de US$ 800.
Com o objetivo de fugir disso, Joel Weber decidiu trabalhar duro enquanto cursava o Ensino Médio e construiu sua própria casa móvel: uma espécie de trailer de dois andares que tem cerca de 15 metros quadrados e todo o conforto que o jovem precisa para sobreviver os anos de universidade.
Eu queria um lugar para chamar de casa, mas eu queria algo barato para que eu não tivesse dívidas e que pudesse trazer um retorno à comunidade – não apenas um dinheiro jogado em aluguel, do qual eu não teria nenhum retorno“, afirmou à ABC News. Boa parte da estrutura veio de materiais reaproveitados e Weber contou com a ajuda voluntária de um carpinteiro e de um eletricista – a casa tem chuveiro, eletricidade e encanamento, como qualquer outra. O projeto demorou cerca de um ano para ficar pronto e custou ao jovem US$ 20 mil, cerca de metade do valor que gastaria em aluguel.
Veja as fotos:
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TinyHomeExtra
Todas as fotos © Joel Weber