sexta-feira, 14 de maio de 2010

A Prática Homilética de John Wesley


A Prática Homilética 

de John Wesley

(e possíveis  aproximações latino-americanas)[1]

Luiz Car los Ramos[2] 

John Wes ley pre gando no túmulo do seu pai

Intro du ção

Neste artigo pro cu ra re mos ana li sar a prá tica homi lé tica de John Wes ley a par­tir dos cri té rios que ele pró prio usava para ava liar os pre ga do res que esta vam sob sua super vi são no iní cio do movi mento metodista. 

A fama do pre ga dor John Wesley

Conta-se que Wes ley, depois de ter pre gado em Peasholm Greem no domingo, foi até a sede da paró quia. O pároco, notando pelas ves tes de Wes ley, que se tra tava de um clé rigo, mesmo sem conhecê-lo, ofereceu-lhe o púl pito. Depois do culto, o padre per gun tou ao ecônomo/zelador quem era aquele pre ga dor. “Senhor”, disse o ecô nomo, “esse é o vaga bundo Wes ley, a res peito de quem o senhor nos adver tira.” “Ah, é… de fato!” disse o per tur bado rei tor, “fomos tra­pa ce a dos; mas deixa pra lá, pelo menos tive mos um bom ser mão”.[3] 
Em geral, Wes ley tem a fama de ter sido um grande pre ga dor, mas é difí cil che­gar a essa con clu são obje ti va mente somente com base nos rela tos de seus con­tem po râ neos. Não fal tam empol ga dos elo gios que fazem de John Wes ley uma nova ver são do Após tolo João, nem crí ti cos seve ros que dizem que Wes ley fazia um papel ridí culo, com sua pequena esta tura e voz esga ni çada… É natu ral que não pos sa mos espe rar crí ti cas dos admi ra do res nem elo gios dos opo si to­res, e é com pre en sí vel que tenha havido não pou cos exa ge ros tanto da parte de uns como de outros. 

Cri té rios para análise

É neces sá rio, por tanto, que se esta be le çam alguns cri té rios mais isen tos para que se possa for mar uma idéia mais apro pri ada a res peito do pre ga dor Rev. John Wes ley. Uma ini ci a tiva nesse sen tido foi feita pelo his to ri a dor Richard. P. Heit zen ra ter, em seu ensaio “Prin cí pios e Prá ti cas da Pre ga ção de John Wes ley”, publi cado em 1977, nas Lec tu res on Severl Occa si ons, número 1, do Cen tro de Estu dos Meto dis tas da Bibli o teca Bridwell. Nesse ensaio, Heit zen ra­ter se propôs a ana li sar a prá tica de Wes ley submetendo-a aos cri té rios que o pró prio Wes ley havia esta be le cido para ava liar os pre ga do res meto dis tas que esta vam sob sua lide rança. A con clu são de Heit zen ra ter foi a de que nem sem­pre Wes ley cor res pon deu às suas pró prias expec ta ti vas, e nem sem pre cum­priu à risca suas pró prias reco men da ções e determinações. 

Pro posta de abordagem

No pre sente artigo, pro cu ra re mos fazer algo seme lhante: com pa ra re mos a prá­tica de Wes ley à luz dos seus prin cí pios homi lé ti cos. Para isso, levan ta re mos as mes mas ques tões pro pos tas por Heit zen ra ter: No enten di mento e na prá tica de Wes ley, quem deve pre gar, onde e para quemquando por quanto tempo ecom que freqüên cia, bem como o que e como pregar? 
Acres cen ta re mos, entre tanto, algu mas con si de ra ções a res peito das pos sí veis apro xi ma ções da prá tica homi lé tica de Wes ley com os desa fios pró prios da Amé rica Latina dos nos sos dias. 

Prin cí pios de Wesley

Come ce mos relem brando quais foram as prin ci pais regras esta be le ci das por Wes ley quanto à tarefa homi lé tica de seus pastores/pregadores. 
Regras para a pre ga ção (Minu tes, 1747, 48): 
1. Faça tudo pra come çar e ter mi nar na hora determinada.
2. […].
3. Esforce-se para ser sério, pon de rado e solene em todo o pro ce­di mento diante da congregação.
4. Esco lha os tex tos mais sim ples possíveis.
5. Tome cui dado para não se dei xar des viar do seu texto, mas mantenha-se sem pre den tro dele, e rea lize o que planejou.
6. Sem pre esco lha um assunto apro pri ado para a sua audiência.
7. Tenha cui dado para não usar muita ale go ria ou espi ri tu a li zar demais.
8. Evite ges tos ou modo de falar rebus ca dos ou inadequados.
9. Falem uns cons os outros se obser va rem alguma coisa desse tipo.
Exame dos Pre ga do res (Minu tes, 1746, 30 – 31): 
1. Eles sabem em quem têm crido? Eles têm o amor de Deus em seus cora ções? Eles dese jam e bus cam somente a Deus? Eles são san tos em todo o seu comportamento?
2. Eles têm dons (e tam bém a graça) para o tra ba lho? Eles têm (em um grau tole rá vel) uma com pre en são clara e pro funda? Eles têm o jul ga mento cor reto das coi sas de Deus? Eles têm a con cep ção justa da sal va ção pela fé? Deus lhes deu o dom da elo cu ção? Eles falam justa, fácil e claramente?
3. Eles têm fru tos? Quando falam, geral mente têm sido só para con ver ter ou influ en ciar seus ouvin tes? Ou eles têm obtido a remis são dos peca dos medi ante suas pre ga ções? E tam bém uma sen sa ção clara e dura doura do amor de Deus?
Tendo estas três mar cas, ocor rido ine ga vel mente em qual quer um deles, reco nhe ce mos que ele foi cha mado por Deus para pre gar. Nós as acei ta mos como evi dên cias, razo a vel mente sufi ci en tes, de que ele é movido pelo Espí rito Santo.
Con se lho aos pre ga do res, 1o. de agosto de 1786 (Minu tes, 193 – 34) 
1. Sem pre con clua o culto em cerca de uma hora.
2. Nunca grite.
3. Nunca se apóie ou bata na Bíblia.
4. Onde quer que você pre gue, reúna a Soci e dade.
[…]
7. Nunca pre gue um ser mão fúne bre a não ser por uma
pes soa emi nen te mente santa; nem, ainda, sem con sul tar o Assis­tente. Não pre gue por dinheiro. Cui dado com pane gí ri cos, par ti­cu lar mente em Londres.
[…]. 
À luz des sas regras, pro cu ra re mos abor dar a pró pria prá tica de Wesley. 

1. Quem deve pregar?

Veja mos quem, no enten di mento de Wes ley, esta ria apto para pregar. 

Os pre ga do res

Segundo consta, Char les Wes ley era muito mais exi gente e severo na sele ção de pre ga do res do que seu irmão John. Conta-se que certa vez, abor re cido com o fato de alguém, “sem o auxí lio de Deus”, ter feito de um alfai ate pre ga dor, ele teria dito que estava pronto, “com o auxí lio de Deus”, a fazer do pre ga dor nova mente um alfai ate. John, entre tanto, estava pre o cu pado em ter pre ga do­res em número sufi ci ente para aten der às deman das das soci e da des meto dis tas e, por tanto, era mais tole rante. Ele che gou a reco men dar a Char les que “não repro vasse os jovens sem muita neces si dade” e dizia: “entre os dois [a graça ou os dons], eu pre firo mais a graça do que os dons”. 
Não obs tante, John esta ria longe de admi tir qual quer pes soa, pois sabe-se que teria orde nado a “expul são de todos os que anda vam desor de na da mente, efe­mi na dos, intro me ti dos e levi a nos”, mas adver tira Char les de que “eles pre ci sa­vam de pelo menos qua renta pre ga do res ou ‘deve riam dei xar algu mas das soci­e da des’”.[4] 
Os pre ga do res, por tanto, eram exa mi na dos cri te ri o sa mente antes de serem admi ti dos como tais. Eles tam bém deve riam per ma ne cer coe ren tes em seu com por ta mento e con vic ções teo ló gi cas, de acordo com os prin cí pios esta be­le ci dos pelos irmãos Wes ley. Por tanto, além do exame ini cial, eram exa mi na­dos freqüen te mente, para ave ri gua ção de sua cons tân cia e fide li dade. John e Char les se reu ni ram em con fe rên cia com os pre ga do res em várias oca siões (somente em 1751, foram três encon tros) para examiná-los a res peito da “graça, dons e fru tos de cada um deles”. 

Os pre ga do res leigos

O sur gi mento de pre ga do res lei gos no meto dismo se deu mais pela neces si dade do que por pla ne ja mento. Na con fe de ra ção das soci e da des em desen vol vi­mento, os Wes ley depen diam dos líde res locais den tre os gru pos para man ter as soci e da des fun ci o nando na sua ausên cia. Devido à con tro vér sia entre o movi mento das soci e da des e a tra di ção reli gi osa na Ingla terra – divi dida entre os seg men tos cal vi nis tas, morá vios e wes leya nos –, os Wes ley esta vam per­dendo os clé ri gos ali a dos. Enquanto isso, iam ganhando assis tên cia leiga.[5] A carên cia de obrei ros clé ri gos levou à admis são dos pre ga do res leigos. 
Wes ley ficava irri tado com o fato dos bis pos angli ca nos se recu sa rem a orde­nar os pre ga do res da sua cone xão, por que os con si de rava melho res pre pa ra­dos do que os minis tros clé ri gos. Não obs tante, Wes ley adver tiu os meto dis tas quanto a não cha ma rem os pre ga do res lei gos de minis tros

As mulhe res

Segundo Heit zen ra ter, “nenhum dos pre ga do res iti ne ran tes ou locais era mulher, entre tanto, algu mas mulhe res esta vam pre gando e às vezes fora das reu niões de suas soci e da des locais”.[6] Embora [Wes ley] tenha dito não achar “errado que as mulhe res falas sem em público desde que falem pelo Espí rito de Deus”, acon se lha a Sra. Grace Wal ton, em 1761, a res trin gir suas falas a “peque nas exor ta ções”, pro cu rando “man ter isso o mais longe pos sí vel do que é cha mado de pre ga ção. Por tanto, nunca tome um texto; nunca fale em um dis­curso con tí nuo sem alguma parada, cerca de qua tro ou cinco minu tos”. E, em 1761, Wes ley teria dito espe ci fi ca mente a Sarah Crosby que “os meto dis tas não per mi tem que as mulhe res pre guem”. Entre tanto, Wes ley estava dis posto a fazer con ces sões às regras comuns da dis ci plina. Con tes tado por Mary Bosan­quet, na pri ma vera de 1771, Wes ley acei tou os argu men tos que defen diam o meto dismo como um “cha mado extra or di ná rio”, reco nhe cendo que não ape­nas a pre ga ção leiga, mas tam bém que algu mas mulhe res “têm um cha mado extra or di ná rio para isso [falar em público], e ai daquela que não o obe dece” (Docu ments, 4:171). Em 1787, Sarah Mal let rece beu de Joseph
Har per, Assis tente de Norwish, auto ri za ção para pre gar naquela área. Wes ley a acon se lhava e enco ra java freqüen te mente em sua tarefa. 
Nota mos, por tanto, que Wes ley estava dis posto a supe rar suas pró prias regras, na medida em que iam cres cendo sua com pre en são e expe ri ên cia no ser viço do Evangelho. 

2. Onde pre gar e para quem?

Wes ley reco men dava que o pre ga dor somente deve ria apre sen tar um ser mão se hou vesse pelo menos 20 pes soas pre sen tes ao culto, ou à reu nião – isso, dizia ele, para não bara tear o Evangelho. 

Os des ti na tá rios

Nas Large Minu tes, lemos: “Você não deve fazer nada a não ser sal var almas. Por tanto, gaste e seja gasto nesse tra ba lho; e vá sem pre não ape nas àque les que que rem, mas àque les que mais neces si tam de você.” 
Esse pare cer a res peito dos des ti na tá rios, segundo o qual os pre fe ren ci ais não são os que que rem, mas os que pre ci sam, fez com que o meto dismo alcan çasse uma mul ti dão de pes soas, até então des pre za das, pela Igreja da Ingla terra: os pobres, os pri si o nei ros, os ope rá rios, os tra ba lha do res das minas, as cri an ças, as viú vas, os desem pre ga dos, os enfer mos, os famin tos, os endi vi da dos, os sem-teto, os men di gos, enfim, o povo que vagava pelas ruas, e pelas cata cum­bas de um mundo gros seiro, sujo e violento. 
Wes ley assim se expres sou na carta escrita nos anos 1770 a seu irmão Charles: 
Sua tarefa, bem como a minha, é sal var almas. Quando assu mi mos a ordem sacer do tal, nos com pro me te mos a fazer disso nossa única ocu pa ção. Penso em cada dia per dido que não foi empre gado (prin ci pal mente) nesse mis ter. Sum totus in illo [a isto me com pro meto com ple ta mente]”.[7] 
Entre tanto, pela resis tên cia da parte da igreja ofi cial em rela ção a seu movi­mento, Wes ley não somente não foi comis si o nado para uma paró quia, como mui tas vezes impe dido de exer cer seu minis té rio den tro das fron tei ras da pró­pria Igreja Angli cana. Desde muito cedo, John Wes ley tomou cons ci ên cia de que sua mis são não pode ria ser com pleta se esti vesse limi tada pelas con ven­ções típi cas do sis tema cle ri cal inglês. 
Isto for çou Wes ley a bus car novos cam pos “paro qui ais”, o que o levou à grande des co berta da pre ga ção ao ar livre. Em 1739, quando foi cri ti cado por pre gar fora dos tem plos nos limi tes de uma das paró quias de Bris tol, dirigiu-se ao bispo Joseph Butler dizendo que ele não tinha um comis si o na mento espe cí­fico para uma paró quia em par ti cu lar, mas: “uma dis pen sa ção do evan ge lho me foi con fi ada [1Cor 9.17], e ‘ai de mim se eu não pre gar o evan ge lho’ [1Co 9.16], onde quer que esteja no mundo habi tado”.[8] 
Esta é a base do seu prin cí pio, “eu con si dero todo o mundo como minha paró­quia”. E, nas pala vras de Heit zen ra ter, Wes ley não se con si de rava limi tado pelas fron tei ras e méto dos da paró quia convencional. 

Os locais de pregação

Assim, pre gar além das fron tei ras paro qui ais e ecle siás ti cas, se tor na ria uma carac te rís tica pri má ria do rea vi va mento meto dista. Ele mesmo expli cou que não tinha inten ção de pre gar ao ar livre até que os púl pi tos se foram fechando para ele. As gran des mas sas de gente tam bém não goza vam de bom con ceito para os irmãos Wes ley. Char les se refe ria às pes soas da mul ti dão como “bes tas sel va gens”. Em sua Short His tory of the Peo ple Cal led Metho dists, Wes ley assim expôs tal processo: 
Sendo assim excluído das igre jas e incon for mado com o silên cio, restou-me somente pre gar a céu aberto; o que fiz a prin cí pio não por esco lha, mas por neces si dade; desde então, não obs tante, eu tenho encon trado razões abun dan­tes para glo ri fi car a sábia pro vi dên cia de Deus pela cri a ção de um meio para que miría des [sic] de pes soas que nunca entra ram em nenhuma igreja, nem sequer gos ta riam de fazê-lo, pudes sem ouvir aquela pala vra na qual encon tra­riam o poder de Deus para a salvação. 
O incen ti va dor de Wes ley para a pre ga ção a céu aberto foi George Whi te fi eld. A prin cí pio, Wes ley achou aquele um “estra nho modo de pre gar”.[9] John e Char les che ga vam a con si de rar um sacri lé gio alguém converter-se fora do con­texto de um culto rali zado den tro de uma igreja. 
Embora con ti nu asse a pre gar em algu mas igre jas paro qui ais, assim como na capela da pri são de New gate e no asilo de Lawford’s Gate, Wes ley pas sou a empenhar-se no exer cí cio da pre ga ção ao ar livre. “Qual quer lugar aberto era ade quado, desde que o povo pudesse se reu nir e o pre ga dor pudesse ser ouvido.”[10] Sua inten ção era ir aonde o povo esti vesse. Assim, logo des co briu os cemi té rios, ao lado de igre jas que ser viam de con cha acús tica; as pra ças do mer cado que fun ci o na vam como anfi te a tros rode a dos de pré dios; e mesmo algu mas árvo res cuja forma ser via para ampli fi car o som; tam bém as esca va­ções de minas, muito apro pri a das para aco mo dar gran des audi tó rios. Como expli cara a John Smith, ele fez mais em três dias pre gando junto à tumba do seu pai em Epworth do que pre gando por três anos em seu púlpito. 

Os deta lhes tecnológicos

Wes ley tornou-se fas ci nado pela téc nica (e pela “tec no lo gia”) da pre ga ção ao ar livre. Ele sem pre se colo cava acima da mul ti dão, fosse subindo em uma cadeira ou em um túmulo. Ele geral mente usava um púl pito por tá til feito de madeira. Ele pro cu rava luga res nos quais pudesse falar para um grande número de pes soas e ser ouvido. 
Com essa prá tica, Wes ley con se guia pre gar para um número admi rá vel de pes­soas (segundo seu regis tro, no pri meiro mês de sua expe ri ên cia de pre gar no campo, ele havia atin gido 47.500 pes soas – nos meses seguin tes, esse número cres ceu ainda mais). Entre tanto, se com pa rar mos o número de pes soas que real mente eram arro la das nas soci e da des, pode mos con cluir que tal expe ri ên­cia homi lé tica cam pal não pro du zia tan tos resul ta dos assim. De acordo com Heit zen ra ter, “na mai o ria das vezes em que as pes soas rece be ram a remis são dos peca dos ou foram con for ta das, isso acon te ceu nas peque nas reu niões de gru pos, não nos gran des cul tos ao ar livre”.[11] 
Assim, em 1763, depois de ter se desi lu dido com a pos si bi li dade de poder se dedi car exclu si va mente à pre ga ção ao ar livre sem a pre o cu pa ção de for mar soci e da des, con cluiu que “pre gar como um após tolo, sem reu nir aque les que foram des per ta dos e treiná-los nos cami nhos de Deus, é como entre gar cri an­ças nas mãos de assas si nos”. A pre ga ção sem for ma ção de soci e da des, sem dis­ci plina nem ordem ou cone xão resul tou em que “nove em dez daque les que haviam sido des per ta dos este jam agora mais ador me ci dos do que nunca” (Jour nal and Dia ries IV – Works, 21:424 – 25 de agosto, 1763). 

3. Quando e com que freqüên cia pregar?

As pre ga ções diá rias, sema nais e itinerantes

A pre ga ção meto dista mais notá vel, por sua sin gu la ri dade, era aquela que acon te cia dia ri a mente às 5 horas da manhã, antes do povo ir para o tra ba lho. Wes ley dizia que a pre ga ção da manhã fazia bem para o corpo e para a alma. Nisso Wes ley foi rigo ro sa mente pontual. 
Quanto ao tempo da pre ga ção, Wes ley não foi tão fiel aos seus pre cei tos assim. A regra esta be le cida nas Minu tes era: “certifique-se de come çar e ter mi nar pre ci sa mente no tempo esti pu lado”, isto é, no inter valo de uma hora. Entre­tanto, em mui tas oca siões, Wes ley que brou suas pró prias regras. Há vários rela tos seus dando-nos conta de que algu mas vezes ele ultra pas sou o tempo em uma, duas ou mesmo três horas. Isto não nos deixa dúvi das de que, no cora ção de Wes ley, as regras esta vam em segundo plano em rela ção à “ação do Espí­rito”, pelo menos neste caso.[12] 
Tam bém quanto à freqüên cia com que se deve pre gar, Wes ley não se enqua dra em seus pró prios prin cí pios. A regra deter mi nava que os pre ga do res não deve­riam pre gar mais do que duas vezes por dia durante a semana e três vezes nos domin gos. Ele che gou a cri ti car dura mente aque les que pre ga vam três vezes, por que esta riam com pro me tendo o bem estar físico e men tal, tanto do pre ga­dor quanto dos ouvin tes. “Prega tanto quanto pude res, mas não mais do que pude res”, escre veu ele a Tel ford em 1775. Não obs tante, por seus diá rios, sabe mos que não foram raras as vezes em que ele mesmo pre gou qua tro ou cinco vezes num único dia. Segundo Char les W. Clay, na intro du ção aos Tre­chos do Diá rio de João Wes ley, Wes ley teria pre gado mais de 42.000 ser­mões, tendo via jado mais de 400.000 quilô me tros a pé, a cavalo, de car ru a­gem e de navio.[13] Feliz mente, para Wes ley, ele gozava de boa saúde e de um físico resis tente, apto a enfren tar as intem pé ries pró prias das suas árduas jornadas. 

4. O que pregar?

Temas recor ren tes

Em vários luga res Wes ley define a mis são do meto dismo como sendo pri o ri ta­ri a mente “espa lhar san ti dade”. Ele sin te tiza as prin ci pais dou tri nas do movi­mento numa trí plice rela ção que con si dera con ter todo o res tante: arre pen di­mento, fé, e san ti dade – o pri meiro, arre pen di mento, é como o pór tico da reli­gião; a segunda, a fé, é como a porta; e a ter ceira, a san ti dade, é a pró pria reli­gião. A isto, John Wes ley chama de “as gran des dou tri nas bíbli cas”.[14] 
Os cha ma dos ser mões evan ge lis ti cos (gos pel ser mons), muito popu la res no seu tempo, não eram bem vis tos nem bem-vindos entre os meto dis tas. Wes ley con­si de rava esse tipo de pre ga ção como sendo “uma rap só dia des co nec tada de pala vras sem significado”. 
Em seus “Pen sa men tos sobre os minis tros do evan ge lho”, Wes ley define quem são os ver da dei ros pre ga do res do evan ge lho: Não basta falar dos decre tos eter nos – uma crí tica aos cal vi nis tas – para que alguém tenha o direito ao título de minis tro do evan ge lho; tam bém não basta falar apai xo na da mente sobre a jus tiça e o san gue de Cristo, se não pro clama o dever do crente ao mesmo tempo que os sofri men tos de Cristo; não é minis tro ver da deiro qual­quer que trate acerca das pro mes sas de Deus sem referir-se ao ter ror da lei, à ira de Deus con tra a impi e dade e a injus tiça dos homens – “estes são tra fi can tes de pro mes sas não são minis tros do evan ge lho”; tam pouco é minis tro qual quer que pre gue a jus ti fi ca ção pela fé, se não for além e insis tir tam bém na san ti fi ca­ção, sobre tudo na pro du ção dos fru tos da fé, na san ti dade uni ver sal – se não decla rar todo o con se lho de Deus, não é um minis tro do evan ge lho; então, 
quem é um minis tro do evan ge lho em sen tido com pleto e bíblico da pala vra? Aquele, e uni ca mente aquele, de qual quer deno mi na ção, que anun cia todo o con se lho de Deus, que prega todo o evan ge lho, incluindo a jus ti fi ca ção e a san­ti fi ca ção, como meios para se che gar à gló ria. Aquele que não separa o que Deus uniu, senão que anun cia tanto a Cristo que mor reu por nós, como a Cristo que vive em nós. Aquele que cons tan te mente aplica estas ver da des ao cora ção dos ouvin tes, estando dis posto a dar-se e a ser con su mido por eles, tendo a mente de Cristo e seguindo seus pas sos sem desviar-se. Aquele, e só aquele, pode ser cha mado ver da dei ra mente um minis tro do evan ge lho.[15] 

Tex tos preferidos

Embora afir masse que o ver da deiro minis tro deve ria pre gar todo o con teúdo do evan ge lho, Wes ley tinha os seus tex tos pre fe ri dos, aos quais recor ria rei te­ra das vezes (por exem plo: 2Co 8.9; Is 55.7; Ef 2.8; Hb 12.28). O texto de Efé­sios 2.8 foi uti li zado 34 vezes nas pre ga ções entre o ano 1749 – 54 (cinco anos). 
A lin gua gem dos seus ser mões era pro fun da mente influ en ci ada pelo texto bíblico. De fato, 
o uni verso que serve de fonte básica para seu voca bu lá rio, ima gi ná rio, e mesmo de fonte de ilus tra ção, é o mundo bíblico: ele repre senta a matriz da sua cui da dosa abor da gem dos mate ri ais oriun dos de outras fon tes.[16] 
Wes ley reco men dava aos pre ga do res que esco lhes sem tex tos fáceis para pre­gar e que per ma ne ces sem no texto esco lhido. Esta seria outra regra que Wes­ley nem sem pre teria seguido. No ser mão “Quase Cris tão” (“The Almost Chris­tian”), ele se des via do texto, se não o torce com ple ta mente.[17] 

Ser mões repetidos

Havia uma idéia cor rente, na época, de que os velhos ser mões deviam ser quei­ma dos a cada sete anos. Wes ley con si de rava essa uma pés sima idéia. Ele dizia que seria impos sí vel fazer melhor agora cer tos ser mões escri tos há vinte ou trinta anos. Sabe-se que Wes ley pre gou sobre Mar cos 1.15 (“O reino de Deus está pró ximo, arrependei-vos e crede no evan ge lho”) pelo menos 190 vezes. De fato, antes de serem escri tos em ver são defi ni tiva e publi ca dos, seus ser­mões eram pre ga dos inú me ras vezes, cor ri gi dos, revi sa dos, ampli a dos até que esti ves sem em um for mato ade quado para ser impresso. Ao que parece, como Whi te fi eld[18], Wes ley tinha cons ci ên cia de que a lin gua gem oral era dife rente da escrita e que, para se obter o mesmo efeito, elas pre ci sa vam ser arran ja das diferentemente. 

5. Como pregar?

A pre o cu pa ção com a for ma ção do pre ga dor (quem está apto?)

Em “Um Dis curso aos Clé ri gos”, Wes ley trata da ques tão “Que classe de homens [pre ga do res] deve mos ser?”. Como pro ve do res da Igreja de Deus, com rela ção aos dons, os minis tros devem ter, (1) pri mei ra mente, um bom enten di­mento, uma clara apre en são, um juízo sólido e uma capa ci dade de raci o ci nar com certa pre ci são; (2) em segundo lugar, tenha viva ci dade e faci li dade de pen sa mento; e (3), em ter ceiro lugar, ter uma boa memó ria. Com rela ção aosconhe ci men tos adqui ri dos, ter um bom cabe dal de conhe ci men tos: (1) pri­meiro de seu pró prio ofí cio, da grande res pon sa bi li dade que rece beu e da impor tante tarefa para a qual foi cha mado – isto é, cons ci ên cia a res peito do que con siste sua tarefa; (2) conhe ci mento das Escri tu ras, o sig ni fi cado lite ral de cada pala vra, ver sí culo e capí tulo e ser capaz de dedu zir os coro lá rios apro­pri a dos, espe cu la ti vos e prá ti cos de cada texto para resol ver as difi cul da des que sur jam e para res pon der às obje ções que pos sam exis tir, e fazer apli ca ção ade quada aos ouvin tes; (3) em ter ceiro lugar, ter conhe ci mento das lín guas ori­gi nais para poder com pre en der as pas sa gens mais con tro ver ti das; (4) em quarto lugar, ter conhe ci mento da his tó ria pro fana: os cos tu mes anti gos, a cro­no lo gia e a geo gra fia; (5) em quinto lugar, ter algum conhe ci mento das ciên cias prin ci pal mente a lógica, a arte do bom sen tido, e com pre en der as coi sas cor re­ta mente, jul gar com a ver dade a raci o ci nar de forma con vin cente, bem como ter uma ligeira fami li a ri dade com a meta fí sica, a filo so fia natu ral, a geo me tria; (6) em sexto lugar, ter conhe ci mento dos Pais da Igreja, dos mais autên ti cos comen ta ris tas das Escri tu ras, espe ci al mente dos que escre ve ram antes do Con­cí lio de Nicéia, mas tam bém os que segui ram: São Cri sós tomo, Basí lio, Jerô­nimo, Agos ti nho e, sobre tudo, o homem de cora ção que bran tado, Efrem o Sírio; (7) em sétimo lugar, o conhe ci mento do mundo, um conhe ci mento dos huma nos: suas máxi mas, tem pe ra men tos e cos tu mes, tal e qual se apre sen tam na vida real; (8) em oitavo lugar, a pru dên cia, que con si dera todas as cir cuns­tân cias de alguma coisa (quem, que, onde, com que meios, por quê, como, quando); (9) em nono lugar, o clé rigo deve ter bons modos, com por ta mento e con duta ade quada: a cor te sia de um cava lheiro unida à de uma pes soa bem edu cada, uma voz clara, forte e musi cal, eloqüên cia tanto na pro nún cia quanto nas ati tu des. Aque les que se entre gam com entu si asmo a seu tra ba lho em rela­ção a estes dons, mui tos dos quais não se podem alcan çar sem um con si de rá vel esforço, con tam com a pro messa da ajuda daquele que é a fonte de todo o conhecimento. 

A pre o cu pa ção com a forma da pregação

Seu estilo é abso lu ta mente lógico. O arranjo do seu mate rial dis cur sivo obe­dece a um plano homi lé tico rigo roso, com pro po si ções cla ras e argu men ta ção con seqüente, coe rente, exaus tiva… (Ape nas a título de exem plo, reco men da­mos a obser va ção do Ser mão 4 ). 

A pre o cu pa ção com a elo cu ção da pregação

Sobre a qua li dade da voz e o uso dos ges tos na pre ga ção, a pes quisa de Heit zen­ra ter nos ofe rece impor tan tes ele men tos de para aná lise. Wes ley pro cu rava falar jus ta mente, com pre en si vel mente e cla ra mente. “Eu pre paro ver da des sim ples para o povo simples”. 
Cla reza é par ti cu lar mente neces sá ria […] por que esta mos ins truindo pes soas de pouco enten di mento […]. Deve ría mos usar cons tan te mente as mais comuns, as meno res e as pala vras mais fáceis que nossa lin gua gem possa ofe re cer (desde que sejam puras e apro pri a das).[19] 
Heit zen ra ter comenta ainda que Wes ley se opu nha à ora tó ria rebus cada e flo­re ada tão comum nos púl pi tos ingle ses; bem como às espe cu la ções filo só fi cas e às pala vras e ter mos téc ni cos difí ceis, não obs tante uti li zasse freqüen te mente cita ções em latim, para não falar do hebraico e do grego abun dan tes em seus sermões. 
Quanto à voz, Wes ley teria reco mendo a John King, no ano de 1775: “nunca fale acima do volume natu ral da sua voz”. Wes ley, por tanto, con de nava a pre­ga ção gri tada: “fale com todo seu cora ção, mas com voz moderada”. 
John Hamp son, o pri meiro bió grafo de Wes ley, escre veu: “a maneira de Wes­ley era gra ci osa e aces sí vel – sua voz não era alta, mas clara e natu ral; seu estilo sim ples, pers pi caz, e admi ra vel mente adap tado à capa ci dade dos seus ouvin tes”. De qual quer forma, em ter mos de voz e de locução, 
Wes ley não era um pre ga dor da mesma cate go ria de um Whi te fi eld, que podia impres si o nar as mai o res mul ti dões e, segundo o ator Gar rick, podia enchar car seus ouvin tes de lágri mas ape nas com sua pro nún cia da pala vra “Meso po tâ­mia”.[20] 
Quanto aos ges tos, reco men dava: “Evite palha ça das. Seja Cor tez com todos”; “cui dado com qual quer exa gero ou afe ta ção, mesmo nos ges tos e na pro nún­cia”. Sobre pro nún cia e ges tos, Wes ley che gou a escre ver um pan fleto, no qual reco men dava que não se devia abrir os bra ços mais do que a dis tân cia de um pé do outro. Não é de se admi rar, por tanto, que um obser va dor da pre ga ção de Wes ley em Lin colnshire tivesse regis trado: “Há tão pouco esforço no pre ga dor que, a não ser por algum oca si o nal levan ta mento da sua mão direita, ele pare­cia ser uma está tua falante”.[21] 
Os pre ga do res deve riam, ainda, ser não ape nas “mode los de lim peza” mas tam­bém “mode los de dili gên cia”: Wes ley reco menda que cor tem o cabelo, tirem os pio lhos, curem as sar nas […] Outras reco men da ções se seguem…[22] 
Seja como for, para Char les, Wes ley teria con se guido “jun tar o que esti vera por tanto tempo sepa rado: conhe ci mento e pie dade”. Reit zen ra ter relata que o pro fes sor J. H Liden, depois de ter ouvido Wes ley pre gar excla mou: “Ele tem a apa rên cia do pior dos sacer do tes sue cos, mas ensina como um bispo […]. Ele é a per so ni fi ca ção da pie dade, e parece para mim como uma repre sen ta ção viva do amo roso Após tolo João”.[23] 

Con clu são

Que con tri bui ções a prá tica homi lé tica de Wes ley pode dar para a pre ga ção do evan ge lho no con texto da Amé rica Latina atual? Tal vez pos sa mos arris car apro xi ma ções entre os desa fios enfren ta dos há três sécu los e os que enfren ta­mos hoje diante das con tra di ções pró prias da tarefa homilética: 
A for ma ção (cul tura geral) do pregador/a e o número cres cente de voca ções para o minis té rio pas to ral 
Na Amé rica Latina obser va mos o cres ci mento do número de voca ções para o minis té rio pas to ral. Já não pade ce mos da falta de obrei ros, como em outras épocas. Que impli ca ções têm isso para o pro cesso de admis são à ordem? Justifica-se, ainda, a orde na ção de pre ga do res com for ma ção leiga? Qual seria seu papel, diante de um qua dro cada vez maior de pas to res aca de mi ca mente capacitados? 
A com ple xi dade da comu ni ca ção com des ti na tá rios tão diver si fi ca dos e o papel das mulhe res que, sendo mai o ria, são dis cri mi na das e sub me ti das como mino ria  
Na Amé rica Latina, a mem bre sia das igre jas meto dis tas é com posta majo ri ta ri­a mente por mulhe res. O reco nhe ci mento do seu minis té rio, cle ri cal ou laico, bem como sua acei ta ção, faz parte do ama du re ci mento de um pro cesso que teve iní cio há 300 anos, com os pri mei ros meto dis tas.[24] 
A agenda reli gi osa, social e polí tica, imposta por uma cul tura glo ba li zada 
Quem seriam, hoje, na Amé rica Latina, os que mais pre ci sam da aten ção e da pre ga ção meto dista? Aque les e aque las, víti mas da vio lên cia e do trá fico, da misé ria e da fome, da dis cri mi na ção e do pre con ceito, do desem prego e da angús tia, da enfer mi dade e da dor…? 
As pos si bi li da des e con tra di ções das novas tec no lo gias bem como o pro cesso de mer can ti li za ção da fé e do comér cio de bens sim bó li cos frente à essên cia meto dista do viver a graça. 
A expe ri ên cia acús tica do nosso tempo passa pelo avanço tec no ló gico dos Meios de Comu ni ca ção de Massa. Como pode mos atu a li zar a prá tica de Wes ley e levar a graça aos povos da Amé rica Latina domi na dos pelos Meios a ser viço do lucro e do mercado? 
A polui ção temá tica, o lixo teo ló gico, a super fi ci a li dade e a falta de qua li dade das infor ma ções e das pré di cas pro nun ci a das dos púl pi tos ecle si ais e vir tu ais, trans mi ti das por toda essa aldeia global. 
A neces si dade da sis te ma ti za ção da pro du ção homi lé tica que demons tre com­pro misso com as futu ras gera ções 
Embora a pre ga ção tenha um papel pro e mi nente no con texto ecle sial latino-americano, pouco se tem escrito e pro du zido a res peito. Fal tam aná li ses cri te­ri o sas, fal tam pes qui sa do res que se empe nhem na com pre en são, e inter pre ta­ção do fenô meno homi lé tico contemporâneo. 
Estas ques tões, entre outras, con ti nuam a nos desa fiar. Pelo menos pode mos pen sar que temos pela frente outros tre zen tos anos para encon trar as res pos tas (ou refor mu lar as perguntas). 

Refe rên cias bibliográficas

Chil cot, Paul Wes ley. John Wes ley and the Women Pre a chers of early Metho­dism. Lon dres: The Ame ri can The o lo gi cal Library Asso ci a tion and the Saca re­crow Press, Inc. 1991. 
Heit zen ra ter, Richard P. John Wesley’s prin ci ples and prac tice of pre a ching.Lec tu res on Seve ral Occa si ons, n. 1, Dal las: Cen ter for Metho dist Stu dies at Bridwell Library, Per kins School  of The o logy, 1997. p. 25 – 51. 
______. Wes ley e o Povo Cha mado Meto dista. São Ber nardo do Campo: Edi­teo; Rio de Janeiro: Ben nett, 1996. 
Obras de Wes ley, Tomo IX, Espi ri tu a li dade e him nos; Notas al Nuevo Tes ta­mento: pri mera parte. Fran klin: Pro vi dence House Publishers, 1998. 
Pat ti son, T. Harwood. The His tory of Crhis tian Pre a ching. Phi la delphia: Ame­ri can Bap tist Publi ca tion Soci ety, 1903. 
Wes ley, john. Tre chos do diá rio de João Wes ley. Col. Paul Eugene Buyers.  São Paulo: Junta Geral de Edu ca ção Cristã da Igreja Meto dista do Bra sil, 1965. 

[1] Estudo apre sen tado em setem bro 2003 durante a Semana da Atu a li za ção Teo ló gica da Facul dade de Teo lo gia da Uni ver si dade Meto dista de São Paulo, Umesp.
[2] Dou tor em Ciên cias da Reli gião, poro fes sor de Homi lé tica no Curso de Teo­lo gia da Uni ver si dade Metod sita de São Paulo.
[3] Cf. Luke Tyer man, The Life and Times of the Rev. John Wes ley, 2 vols. (Lon don: Hod der and Stough ton, 1870 – 71), 2:71. Apud Heit zen ra ter, Richard  P. John Wesley’s prin ci ples and prac tice of pre a ching. Lec tu res on Seve ral Occa si ons, n. 1, Dal las: Cen ter for Metho dist Stu dies at Bridwell Library, Per kins School  of The o logy, 1997. p. 25 – 51.
[4] Heit zen ra ter. Richard P. Wes ley e o Povo Cha mado Meto dista. São Ber­nardo do Campo: Edi teo; Rio de Janeiro: Ben nett, 1996. p. 182ss.
[5] Ibi dem, p. 113ss.
[6] Ibi dem, p. 235.
[7] Cf. Heit zen ra ter, Richard  P. John Wesley’s prin ci ples and prac tice of pre a­ching. Lec tu res on Seve ral Occa si ons, n. 1, Dal las: Cen ter for Metho dist Stu­dies at Bridwell Library, Per kins School  of The o logy, 1997. p. 29.
[8] Ibidem.
[9] Heit zen ra ter, Richard P. Wes ley e o povo cha mado meto dista. p. 99.
[10] Idem, p. 99.
[11] Ibi dem, p. 100.
[12] Cf. Heit zen ra ter, Richar, P. Prin ci ples…, p. 37
[13] Cf. Apre sen ta ção de Tre chos do diá rio de João Wes ley. São Paulo: Junta Geral de Edu ca ção Cristã da Igreja Meto dista do Bra sil, 1965. p. 9 – 10.
[14] Ibi dem, p. 41 – 42,
[15] Cf. Obras de Wes ley, Tomo IX, Espi ri tu a li dade e him nos; Notas al Nuevo Tes ta mento: pri mera parte. Fran klin: Pro vi dence House Publishers, 1998., p. 191 – 193 (trad. nossa).
[16] Cf. Heit zen ra ter, Richard P. Prin ci ples…, p. 47.
[17] Idem, p. 48.
[18] Sobre a pre ga ção de Whi te fi eld (1714 – 1770), ver PATTISON, T. Harwooe. The His tory of Crhis tian Pre a ching. Phi la delphia: Ame ri can Bap tist Publi ca tion Soci ety, 1903. p. 264 – 270.
[19] Tel ford, Let ters, apud Heit zen ra ter, Richard P. John Wesley’s prin ci­ples…, p. 38 (trad. nossa).
[20] Heit zen ra ter, Richard P. John Wesley’s prin ci ples, p. 40.
[21]  Ibidem.
[22] Cf. Heit zen ra ter, Richard P. Wes ley e o povo cha mado meto dista. p. 237.
[23] Heit zen ra ter, Richard P. John Wesley’s prin ci ples…, p. 41 (trad. nossa).
[24] A esse res peito, suge ri mos a lei tura de Chil cot, Paul Wes ley. John Wes ley and the Women Pre a chers of early Metho dism. Lon dres: The Ame ri can The o­lo gi cal Library Asso ci a tion and the Saca re crow Press, Inc. 1991.