quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Imobiliárias só dão dor de cabeças?

INICIATIVA AJUDA A LIVRAR INQUILINOS DA OBRIGAÇÃO DE TER FIADOR NO MS





Quem precisa alugar um imóvel sabe da dificuldade e do constrangimento de conseguir um fiador. Mas surgiu um novo jeito de resolver essa questão em Mato Grosso do Sul.
Nas ruas de Campo Grande as plaquinhas de “aluga-se” estão por todo lado. Uma casa com cozinha planejada, quatro quartos com armários embutidos, closet; são sete banheiros e ainda tem área de lazer com churrasqueira e piscina. Mas a casa está fechada há vários meses. Todo mundo que tentou alugar não conseguiu dar as garantias exigidas pela imobiliária: um fiador com, pelo menos, dois imóveis quitados.
A casa tem 350 metros quadrados de área construída. Para um imóvel de alto padrão, o preço não está ruim: R$ 4,5 mil por mês. Tanto é verdade que muita gente se interessou; mais de 30 candidatos quiseram morar lá. Gente que tem nome limpo e dinheiro para pagar o aluguel, mas os acordos travaram justamente na falta do fiador.
“Sempre a garantia, o fiador, ou o seguro-fiança ou a caução. Sempre foram dificuldades para o inquilino ou para o futuro inquilino”, diz Marcos Augusto Netto, dono de imobiliária.
O seguro-fiança, que sempre foi a alternativa, não é barato: chega a custar três aluguéis por ano. Não é todo mundo que tem dinheiro guardado para pagar isso, e ainda os custos da mudança, o primeiro aluguel.
Para não perder dinheiro com os imóveis fechados, um grupo de donos de imobiliárias de Campo Grande teve uma ideia. Convenceu os proprietários a bancar esse custo, e mais de 500 já aceitaram.
“Hoje nós estamos arcando com esse custo. O locatário não tem custo nenhum. Desde que seja aprovado o cadastro dele pela seguradora”, explica o empresário Wanderley Sebben.
Ledanir Zago passou um tempão procurando uma casa nova, mas na hora de fechar negócio: “O principal motivo que travava era a falta de fiador”.
Só que agora ela acabou de se mudar para a casa nova, e para assinar o contrato só precisou apresentar o RG, CPF e o comprovante de renda.
“A partir da aprovação da análise de crédito em dois, três dias foi aprovado e nós conseguimos fazer o contrato”, disse a Ledanir Zago, administradora.

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