sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Aluna cotista da UFMG dá a melhor resposta a comentário raivoso


Estudante negra aprovada na UFMG rebate críticas às cotas: "Vou ser aluna excelente". Universitária lembra ainda que, na escola, professora dizia que ela seria "empregada doméstica". Postado no Facebook, comentário preconceituoso foi feito por candidata que tentou uma vaga na universidade, mas não conseguiu

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Aluna cotista da UFMG, Lorena Cristina de Oliveira conta um pouco de sua história de vida para rebater comentário preconceituoso contra as cotas (Imagem: Phelippe Messias/Facebook)

Quando a estudante Bruna Terroni usou uma mensagem pública no Facebook para mostrar indignação com o sistema de cotas – diante da não aprovação para uma vaga no curso de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) –, talvez não esperasse a resposta convicta de uma outra candidata – essa, aprovada justamente por meio da reserva de vagas.
“Sou uma preta lacradora, inteligente e cotista que entrou em Letras no seu lugar. Pode ter certeza que vou fazer jus à minha 15ª colocação neste curso. Vou ser uma aluna excelente e uma ótima profissional”, respondeu, inicialmente, Lorena Cristina de Oliveira Barbosa, de 20 anos. A explosão preconceituosa, a partir daí, virou polêmica e tomou corpo.
Sem sucesso na disputa de um dos 130 assentos da graduação disponíveis para a ampla concorrência, Bruna atribuiu seu resultado à medida de ação afirmativa adotada pela instituição, que, em obediência à Lei nº 12.711/12, guarda 50% de suas matrículas a estudantes de escolas públicas. Deste montante, um percentual é destinado ainda a candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas e/ou de baixa renda.
“Para o curso de Letras na UFMG há 260 vagas. Fiquei na posição 239. Mas não vou entrar por quê? Por causa dessa m* de cota”, comentou a jovem.
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Décima quinta colocada na seleção, além de responder a concorrente em seu perfil, Lorena continuou o desabafo em outro post sobre o assunto.
Bruna, por sua vez, não se manifestou sobre o caso e apagou a publicação raivosa contra os cotistas. Em outras postagens públicas de seu perfil, constavam diversas manifestações de pessoas indignadas. Algumas corroboram a revolta da concorrente não aprovada. A maioria, contudo, apoiava Lorena, que comemora a vitória: “Fiquei muito feliz. Uma chama de esperança começou a nascer em mim”, diz a belo-horizontina.

Trajetória árdua

Aprovada com 920 pontos na redação, Lorena estava pessimista quanto a seu desempenho nos exames. Eu não esperava a aprovação do Enem; estava me sentindo perdida”, conta a universitária. Postura compreensível para quem escuta as histórias de hostilidade que o ambiente escolar tantas vezes impôs à moça.“Na escola, uma professora de matemática gritou na minha turma que eu seria empregada doméstica para limpar o chão das filhas dela”, conta.
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Após a conclusão do Ensino Médio, chegou a ingressar como bolsista numa escola particular de jornalismo, onde permaneceu por um ano e meio. Desistiu da instituição e do ofício – segundo ela, por não suportar o ambiente racista tanto da academia, quanto do mercado de trabalho.
Meus professores viviam me mandando mensagens com convites para sair. Nos estágios, já fui demitida sob justificativa de ser negra demais para a comunicação. Me disseram isso abertamente. O meu ex-chefe dizia que se eu quisesse ter sucesso, era só usar a minha sexualidade negra para transar com todos os empresários”, diz.
Após quatro meses de cursinho – frequentado após jornada diária de 8 horas de trabalho como educadora em projeto social para ajudar a família como pagamento das mensalidades – tornou-se, oficialmente, aluna da Faculdade de Letras da UFMG: “Trabalhava o dia inteiro e ia direto para o cursinho. Voltava para casa beirando meia-noite e meia. Mas eu sempre fui muito boa com redação e uma amiga se dispôs a me ajudar aos finais de semana. E assim eu fazia. Assistia aulas on-line, estudava de madrugada”.

É com consternação que a graduanda recebe o post da concorrente Bruna, bem como a agressividade daqueles que acreditam que as cotas são privilégios : “Eu vim de uma família negra que sempre seguiu a mesma história de serviçais. Eu nunca tive nada, sabe? Ralei muito para entrar na UFMG. A minha escola não tinha nem estrutura para comportar alunos. Por isso não acho justo uma pessoa que sempre teve tudo apontar isso como privilégio. A cota é o mínimo que o governo me deve por ter me feito passar por tudo isso só por ser preta e pobre. Aquela faculdade é minha também e eu tenho o direito de estar nela”, afirma.

  Texto original em http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/01/aluna-cotista-da-ufmg-da-a-melhor-resposta-a-comentario-raivoso.html

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A Barragem da Samarco e Direitos fundamentais de terceira geração


Os direitos fundamentais de terceira geração, ligados ao valor fraternidade ou solidariedade, são os relacionados ao desenvolvimento ou progresso, ao meio ambiente, à autodeterminação dos povos, bem como ao direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e ao direito de comunicação. São direitos transindividuais, em rol exemplificativo, destinados à proteção do gênero humano.
Nesta carta observa-se que a proteção ambiental ( principio da prevenção ou precaução como preferem os operadores do direito) a proteção do gênero humano é colocada em segundo plano, isto é, logo após o desenvolvimento e ao progresso.



quarta-feira, 8 de julho de 2015

Casa com menos de 15 metros quadrados

Universitário constrói casa com menos de 15 metros quadrados para evitar dívidas durante a faculdade.





Diferente do que acontece aqui no Brasil, mudar-se de cidade ou estado para fazer faculdade é praticamente uma regra entre os norte-americanos. Contudo, somado ao custo dos estudos estão as despesas pessoais e o custo de moradia. Para os estudantes da Universidade de Austin, no Texas, morar perto do campus significa ter um gasto mensal médio de US$ 800.
Com o objetivo de fugir disso, Joel Weber decidiu trabalhar duro enquanto cursava o Ensino Médio e construiu sua própria casa móvel: uma espécie de trailer de dois andares que tem cerca de 15 metros quadrados e todo o conforto que o jovem precisa para sobreviver os anos de universidade.
Eu queria um lugar para chamar de casa, mas eu queria algo barato para que eu não tivesse dívidas e que pudesse trazer um retorno à comunidade – não apenas um dinheiro jogado em aluguel, do qual eu não teria nenhum retorno“, afirmou à ABC News. Boa parte da estrutura veio de materiais reaproveitados e Weber contou com a ajuda voluntária de um carpinteiro e de um eletricista – a casa tem chuveiro, eletricidade e encanamento, como qualquer outra. O projeto demorou cerca de um ano para ficar pronto e custou ao jovem US$ 20 mil, cerca de metade do valor que gastaria em aluguel.
Veja as fotos:
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TinyHomeExtra
Todas as fotos © Joel Weber

sábado, 4 de julho de 2015

Miami Judge RECOGNIZES Defendent From MIDDLE SCHOOL!!




Judge and Former Middle School Classmate and Burglary Suspect, Have Emotional Reunion In Court

Burglary suspect has breakdown when he realizes judge presiding over his case was his middle school playmate
Burglary suspect Arthur Booth was stunned to realize he knew the judge from childhood
Judge Mindy Glazer was first to recognize her old pal
They went to middle school together and played football together
'He was the nicest kid ... look what happened' said judge
Suspect can't stop crying and buries his head in shame

Fla. judge, former middle school classmate and burglary suspect, share emotional courtroom reunion
Miami-Dade Judge, Former Middle School Classmate and Burglary Suspect, Have Emotional Court Reunion
Decades after attending middle school together, a Miami-Dade judge and burglary suspect have reunion in bond court
Watch the Heartbreaking Moment a Judge Recognized Accused Burglar as Childhood Friend
A Miami-Dade judge and one of her old middle school classmates had an emotional reunion in court after he was arrested following an alleged burglary and police pursuit.
Arthur Booth, 49, was arrested Monday by Hialeah Police on several charges including burglary, grand theft, fleeing, and resisting arrest.
Burglary suspect breaks down when he recognises judge from middle school.
An impromptu middle school reunion in Miami-Dade bond court led to tears today after Judge Mindy Glazer recognized that Arthur Booth, the man charged with burglary before her, was her former classmate at Nautilus Middle School in Miami Beach.





Booth, 49, was arrested on Monday by Hialeah police. The suspect was spotted driving a gold Honda that matched the description of a vehicle believed to have been involved in a robbery, according to NBC Miami. An officer tried to stop the car, but Booth took off, leading to a police chase. Booth didn't obey stop signs and got into two accidents before eventually crashing the car. He tried to continue fleeing on foot but was eventually caught.

He was arrested and charged with various counts of burglary, grand theft, reckless driving, leaving the scene of a crash, fleeing from an officer, criminal mischief, and resisting arrest without violence.

Booth was taken to bond court on Monday and Glazer was behind the bench.

"Did you go to Nautilus?" Glazer asked.

"Oh my goodness," replied Booth multiple times at first with smiles and then with tears.

It turns out that decades ago the pair had been classmates at Nautilus Middle School.
"I'm sorry to see you here," replied Glazer. "I always wondered what happened to you."

"This was the nicest kid in middle school; he was the best kid in middle school," Glazer continued. "I used to play football with him, all the kids, and look what has happened."

"What's sad is how old we've become. Good luck to you, sir, I hope you are able to come out of this OK and just lead a lawful life."

Glazer, however, set Booth's bond at $43,000, and he has yet to post it.


Booth has at least one previous arrest for theft in Miami-Dade back in 2010. The actual case has been assigned to a different judge.