quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Como se livrar da obrigação de ter fiador


A Quantidade de imóveis parados em Uberlândia não é por falta de inquilinos e sim devido aos abusos das Imobiliárias. Eles exigem muito e tem pouco para oferecer. Eles nada tem feito para acabar com a crise econômica, muito pelo contrário, cobram caro, cobram taxas ilegais, os preços em alguns casos são superiores ao que é pedido pelos proprietários e dificultam o máximo que o imóvel seja alugado. Penso que os proprietários estão perdendo negócios, e enquanto a isto os imóveis estão deteriorando, mofando, depreciando o seu valor. Em uma economia fraca como está nada melhor que negociar preços e condições de pagamentos. Imobiliárias estão acumulando garantias, e outras limitando somente a Fiadores o que além de ser um abuso tem causados danos morais. Exigir que uma segunda pessoa que nada tem com o negócio seja convidada a garantir um aluguel é expor e constranger as pessoas. Isto mostra que o Brasil não está desenvolvendo não é pela incapacidade técnica, política ou de ofertas de mercado e sim pela burocracia que existe na exploração de serviços imobiliários. É vergonhoso, danoso e é um tema que precisa ser levado ao congresso nacional para reformar a Lei 8245/91, porque nesta lei que sai perdendo é o Cidadão.

INICIATIVA AJUDA A LIVRAR INQUILINOS DA OBRIGAÇÃO DE TER FIADOR NO MS
Quem precisa alugar um imóvel sabe da dificuldade e do constrangimento de conseguir um fiador. Mas surgiu um novo jeito de resolver essa questão em Mato Grosso do Sul.
Nas ruas de Campo Grande as plaquinhas de “aluga-se” estão por todo lado. Uma casa com cozinha planejada, quatro quartos com armários embutidos, closet; são sete banheiros e ainda tem área de lazer com churrasqueira e piscina. Mas a casa está fechada há vários meses. Todo mundo que tentou alugar não conseguiu dar as garantias exigidas pela imobiliária: um fiador com, pelo menos, dois imóveis quitados.
A casa tem 350 metros quadrados de área construída. Para um imóvel de alto padrão, o preço não está ruim: R$ 4,5 mil por mês. Tanto é verdade que muita gente se interessou; mais de 30 candidatos quiseram morar lá. Gente que tem nome limpo e dinheiro para pagar o aluguel, mas os acordos travaram justamente na falta do fiador.

“Sempre a garantia, o fiador, ou o seguro-fiança ou a caução. Sempre foram dificuldades para o inquilino ou para o futuro inquilino”, diz Marcos Augusto Netto, dono de imobiliária.
O seguro-fiança, que sempre foi a alternativa, não é barato: chega a custar três aluguéis por ano. Não é todo mundo que tem dinheiro guardado para pagar isso, e ainda os custos da mudança, o primeiro aluguel.
Para não perder dinheiro com os imóveis fechados, um grupo de donos de imobiliárias de Campo Grande teve uma ideia. Convenceu os proprietários a bancar esse custo, e mais de 500 já aceitaram.
“Hoje nós estamos arcando com esse custo. O locatário não tem custo nenhum. Desde que seja aprovado o cadastro dele pela seguradora”, explica o empresário Wanderley Sebben.
Ledanir Zago passou um tempão procurando uma casa nova, mas na hora de fechar negócio: “O principal motivo que travava era a falta de fiador”.
Só que agora ela acabou de se mudar para a casa nova, e para assinar o contrato só precisou apresentar o RG, CPF e o comprovante de renda.
“A partir da aprovação da análise de crédito em dois, três dias foi aprovado e nós conseguimos fazer o contrato”, disse a Ledanir Zago, administradora.

Fonte: G1 Globo


http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/01/iniciativa-ajuda-livrar-inquilinos-da-obrigacao-de-ter-fiador-no-ms.html

Imobiliárias só dão dor de cabeças?

INICIATIVA AJUDA A LIVRAR INQUILINOS DA OBRIGAÇÃO DE TER FIADOR NO MS





Quem precisa alugar um imóvel sabe da dificuldade e do constrangimento de conseguir um fiador. Mas surgiu um novo jeito de resolver essa questão em Mato Grosso do Sul.
Nas ruas de Campo Grande as plaquinhas de “aluga-se” estão por todo lado. Uma casa com cozinha planejada, quatro quartos com armários embutidos, closet; são sete banheiros e ainda tem área de lazer com churrasqueira e piscina. Mas a casa está fechada há vários meses. Todo mundo que tentou alugar não conseguiu dar as garantias exigidas pela imobiliária: um fiador com, pelo menos, dois imóveis quitados.
A casa tem 350 metros quadrados de área construída. Para um imóvel de alto padrão, o preço não está ruim: R$ 4,5 mil por mês. Tanto é verdade que muita gente se interessou; mais de 30 candidatos quiseram morar lá. Gente que tem nome limpo e dinheiro para pagar o aluguel, mas os acordos travaram justamente na falta do fiador.
“Sempre a garantia, o fiador, ou o seguro-fiança ou a caução. Sempre foram dificuldades para o inquilino ou para o futuro inquilino”, diz Marcos Augusto Netto, dono de imobiliária.
O seguro-fiança, que sempre foi a alternativa, não é barato: chega a custar três aluguéis por ano. Não é todo mundo que tem dinheiro guardado para pagar isso, e ainda os custos da mudança, o primeiro aluguel.
Para não perder dinheiro com os imóveis fechados, um grupo de donos de imobiliárias de Campo Grande teve uma ideia. Convenceu os proprietários a bancar esse custo, e mais de 500 já aceitaram.
“Hoje nós estamos arcando com esse custo. O locatário não tem custo nenhum. Desde que seja aprovado o cadastro dele pela seguradora”, explica o empresário Wanderley Sebben.
Ledanir Zago passou um tempão procurando uma casa nova, mas na hora de fechar negócio: “O principal motivo que travava era a falta de fiador”.
Só que agora ela acabou de se mudar para a casa nova, e para assinar o contrato só precisou apresentar o RG, CPF e o comprovante de renda.
“A partir da aprovação da análise de crédito em dois, três dias foi aprovado e nós conseguimos fazer o contrato”, disse a Ledanir Zago, administradora.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Você entende esse versículo? (Mt 3.11): 'Batismo com Fogo'

Você entende esse versículo? (Mt 3.11): 'Batismo com Fogo'

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Aluna cotista da UFMG dá a melhor resposta a comentário raivoso


Estudante negra aprovada na UFMG rebate críticas às cotas: "Vou ser aluna excelente". Universitária lembra ainda que, na escola, professora dizia que ela seria "empregada doméstica". Postado no Facebook, comentário preconceituoso foi feito por candidata que tentou uma vaga na universidade, mas não conseguiu

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Aluna cotista da UFMG, Lorena Cristina de Oliveira conta um pouco de sua história de vida para rebater comentário preconceituoso contra as cotas (Imagem: Phelippe Messias/Facebook)

Quando a estudante Bruna Terroni usou uma mensagem pública no Facebook para mostrar indignação com o sistema de cotas – diante da não aprovação para uma vaga no curso de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) –, talvez não esperasse a resposta convicta de uma outra candidata – essa, aprovada justamente por meio da reserva de vagas.
“Sou uma preta lacradora, inteligente e cotista que entrou em Letras no seu lugar. Pode ter certeza que vou fazer jus à minha 15ª colocação neste curso. Vou ser uma aluna excelente e uma ótima profissional”, respondeu, inicialmente, Lorena Cristina de Oliveira Barbosa, de 20 anos. A explosão preconceituosa, a partir daí, virou polêmica e tomou corpo.
Sem sucesso na disputa de um dos 130 assentos da graduação disponíveis para a ampla concorrência, Bruna atribuiu seu resultado à medida de ação afirmativa adotada pela instituição, que, em obediência à Lei nº 12.711/12, guarda 50% de suas matrículas a estudantes de escolas públicas. Deste montante, um percentual é destinado ainda a candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas e/ou de baixa renda.
“Para o curso de Letras na UFMG há 260 vagas. Fiquei na posição 239. Mas não vou entrar por quê? Por causa dessa m* de cota”, comentou a jovem.
cotas UFMG racismo
Décima quinta colocada na seleção, além de responder a concorrente em seu perfil, Lorena continuou o desabafo em outro post sobre o assunto.
Bruna, por sua vez, não se manifestou sobre o caso e apagou a publicação raivosa contra os cotistas. Em outras postagens públicas de seu perfil, constavam diversas manifestações de pessoas indignadas. Algumas corroboram a revolta da concorrente não aprovada. A maioria, contudo, apoiava Lorena, que comemora a vitória: “Fiquei muito feliz. Uma chama de esperança começou a nascer em mim”, diz a belo-horizontina.

Trajetória árdua

Aprovada com 920 pontos na redação, Lorena estava pessimista quanto a seu desempenho nos exames. Eu não esperava a aprovação do Enem; estava me sentindo perdida”, conta a universitária. Postura compreensível para quem escuta as histórias de hostilidade que o ambiente escolar tantas vezes impôs à moça.“Na escola, uma professora de matemática gritou na minha turma que eu seria empregada doméstica para limpar o chão das filhas dela”, conta.
lorena comentário cotas
Após a conclusão do Ensino Médio, chegou a ingressar como bolsista numa escola particular de jornalismo, onde permaneceu por um ano e meio. Desistiu da instituição e do ofício – segundo ela, por não suportar o ambiente racista tanto da academia, quanto do mercado de trabalho.
Meus professores viviam me mandando mensagens com convites para sair. Nos estágios, já fui demitida sob justificativa de ser negra demais para a comunicação. Me disseram isso abertamente. O meu ex-chefe dizia que se eu quisesse ter sucesso, era só usar a minha sexualidade negra para transar com todos os empresários”, diz.
Após quatro meses de cursinho – frequentado após jornada diária de 8 horas de trabalho como educadora em projeto social para ajudar a família como pagamento das mensalidades – tornou-se, oficialmente, aluna da Faculdade de Letras da UFMG: “Trabalhava o dia inteiro e ia direto para o cursinho. Voltava para casa beirando meia-noite e meia. Mas eu sempre fui muito boa com redação e uma amiga se dispôs a me ajudar aos finais de semana. E assim eu fazia. Assistia aulas on-line, estudava de madrugada”.

É com consternação que a graduanda recebe o post da concorrente Bruna, bem como a agressividade daqueles que acreditam que as cotas são privilégios : “Eu vim de uma família negra que sempre seguiu a mesma história de serviçais. Eu nunca tive nada, sabe? Ralei muito para entrar na UFMG. A minha escola não tinha nem estrutura para comportar alunos. Por isso não acho justo uma pessoa que sempre teve tudo apontar isso como privilégio. A cota é o mínimo que o governo me deve por ter me feito passar por tudo isso só por ser preta e pobre. Aquela faculdade é minha também e eu tenho o direito de estar nela”, afirma.

  Texto original em http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/01/aluna-cotista-da-ufmg-da-a-melhor-resposta-a-comentario-raivoso.html